quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Clichê

Vai pra longe de mim, distante dos meus olhos
Sai daqui, pra longe das feridas abertas e das palavras que machucaram
Fica no teu mundo que eu entenderei a tua distancia
Longe do meu mundo de sentimentos intensos.

É tua frieza que me faz pensar:
E se na vida tudo for caminhar por esse lado
Você vai querer ir em frente, continuar?
Você viajaria para o meu mundo pra me encontrar?
Você me traria flores no fim do dia?
Me faria cafuné até dormir?
Me levaria para ver o pôr-do-sol?
Ou nem isso, você estaria aqui quando eu quisesse desistir?
Quando eu precisasse do teu lado protetor que tanto me faz falta

Posso até me acostumar com a tua ausência, mas aqui dentro vai ficar um vazio
Posso até me acostumar com teu jeito, mas nunca serei eu mesma por inteiro.

Fica comigo mais um pouco, até o sol se pôr e me engana que me ama,
Me diz que vai ficar tudo bem, que a tua voz é o que me acalma,
Esconde tuas palavras ásperas, me mostra teus versos escondidos na gaveta, me canta aquela nossa música,
Me abraça como se não houvesse mais nada, me olha nos olhos, me molha no mar, me segura pra eu tentar voar...
Que eu te levo pra meu mundo e te mostro como é bom conhecer algo novo, um mundo não explorado, sem preconceitos nem ideias racionais e frigidas...
E aí que eu quero estar, no meio misturado dos nossos novos mundos parecidamente diferentes na igualdade de ser.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Parecia ter o brilho da Lua

E enquanto andava pelo mesmo caminho diário olhou para o céu na noite fria daquele dia e avistou uma luz... uma luz tão intensa que a deixara encantada, apaixonada e perdidamente hipnotizada.


E dali em diante, todas as noites passava pelo mesmo caminho escuro, porém se sentira segura, como jamais antes, por conta da imensidão de luz que a guiara nas noites frias que faziam por aquelas regiões da cidade.
Esperara sempre encontrar aquela Lua radiante no céu, e como não esperar? Se ao brilhar ela mostrara que estaria ali no dia seguinte para iluminar os passos daquela que caminhara sem destino.
Seu brilho era como uma promessa, um compromisso de estar ali sempre. E então tudo ficara calmo e seguro. O caminho era escuro, mas a Lua iluminara seus passos, por que ter medo?
Era mais um dia, como outro qualquer, quando percebera algo curiosos: Haviam se passado dias, meses e anos e a Lua estaria sempre na mesma posição do céu? Como seria possível? 
Foi quando ela subiu em uma arvore, lá no alto, olho bem de perto e viu ....

... era apenas um poste de luz da estrada


Jessica Zeferino