quarta-feira, 31 de março de 2010

E se eu não acordar?

Hoje levantei, olhei pela janela do meu quarto e parei.
Parei pra olhar o dia amanhecer.
O céu escuro e as nuvens me transmitiram uma ideia de tristeza momentânea, uma angustia estranha.
Aos poucos as nuvens foram se afastando umas das outras, deixando o céu aberto e claro.
O sol apareceu brilhante, e o céu estava cada vez mais azul.
Já eram 6:20 da manhã, minha mãe me apressando, meu pai cuidando dos seus passarinhos, minha cachorrinha arranhando a porta pra pedir carinho, meus irmãos babando no travesseiro e sonhando sabe lá o que ( prefiro não imaginar esse detalhe), tudo normal, como em toda manhã.
As vezes não nos damos conta de como nossa vida é breve, de como as vezes um detalhe pode mudar nosso dia, ou até nossa vida inteira.
Vida! Vida? Nascemos, crescemos, aprendemos a andar sozinhos, estudamos, trabalhamos, amamos, sofremos, choramos, sorrimos.... pra então pensar: Pra que?
E se eu acordar e não ter mais as pessoas que tenho hoje?
Se eu acordar e não poder fazer mais o que eu faço hoje?
E se eu não acordar?
Pois bem, se a vida é algo que um dia vai acabar, por que construir tudo isso? Eu poderia pensar dessa forma.
Mas, pelo contrário, se ela realmente tem um fim, fim do qual não sei ao certo quando será,
tenho mais é que VIVER, experimentar todas as coisas que a vida me oferece, ter paciência para passar por obstáculos que mais dia menos dia vão aparecer, pra me impedir de fazer o que planejava , conhecer pessoas, lugares, sem medo de me arrepender, me permitir aprender sempre mais, tentar ser feliz.
Pra quando olhar pra traz poder dizer:
Como foi bom, poder acordar e simplesmente olhar o dia amanhecer sob os meus olhos.
Como foi bom, ajudar aquele senhor que estava na rua.
Como foi bom aquele abraço.
Como foi boa aquela musica.
Dar um pouco mais de atenção aos detalhes da nossa vida não é perda de tempo.
Dar um pouco mais de atenção aos detalhes da nossa vida é saber viver!


"...não há tempo que volte amor, vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos PERMITIR!"




quarta-feira, 24 de março de 2010

Apenas uma pausa...



O trecho que postei a alguns dias atraz , me tem feito pensar muito.
Pensar em como o passado pode influenciar nosso presente.
Essa história de que passado é passado e não interfere em nossas vidas é uma grande besteira.
O passado faz parte sim, da nossa história, ficará pra sempre na memória. Talvez por ser um passado bom, ou um passado de lembranças ruins, sempre marca, sempre deixa cicatrizes.
Esses pensamentos meios perdidos na minha cabeça tem me deixado um tanto quanto confusa durante esse ultimo mês.
Para viver um presente pleno é preciso "matar" certas coisas, encerra-las.
Minha vida está muito bem resolvida, inclusive meu passado.
Contudo mesmo sabendo disso continuo a me sentir assim, no meio de uma tempestade de pensamentos soltos, as vezes sem sentido algum.
Mesmo rodeada de amigos e pessoas que me fazem feliz, eu me sinto sozinha, triste, vazia.
Não sei mais o que pensar, há momentos em que não consigo me imaginar sozinha. Porém outros, em que a solidão é necessária.
Talvez só o tempo pode me ajudar a tomar decisões certas na minha vida.
Ninguém é culpado de nada, não haverá julgamentos, nem condenação, apenas uma pausa para acalmar meu coração.

domingo, 21 de março de 2010

Pense...

..." qualquer que seja a duração de nossa vida, ela é completa. Sua utilidade não reside na quantidade de duração e sim no emprego que lhe dais.
Há quem viveu muito e não viveu.
Meditais sobre isso enquanto podeis fazer, pois depende de vós, e não do múmero de anos, terdes vivido bastante, ou não.
Quem aprendeu a morrer, desaprendeu de servir. Nenhum mal atingirá quem na existência compreendeu que a privação da vida não é um mal;
saber morrer exime de toda sujeição e coação."



Montaigne

quarta-feira, 3 de março de 2010

ABISMOS


Destino? Nunca acreditei que ele existisse de fato.

Foi quando vi que a vida da muitas voltas, e a pessoa que achava ser meu amor de verdade se torna uma lembrança, todos os momentos felizes viram poeira, o mundo vira de cabeça para baixo. E, PUUF! Acabou!

Foi ai que vi diante dos meus olhos um abismo, e pior do que poder vê-lo, foi a vontade que tive de me atirar nele sem chances de sobreviver.

Foi a partir desse momento da minha vida, que eu comecei a acreditar no destino.

Percebi que não se pode controlar os sentimentos e os acontecimentos. E eu com meu gênio leonino, controladora, orgulhosa,impulsiva, comecei a ver a vida de um jeito diferente.

É! O mundo não gira a minha volta, as pessoas não estão aos meus pés, eu também posso errar, posso sofrer, me decepcionar, posso AMAR de verdade!

O que eu precisava mesmo era de alguém de me completasse, alguém que não concordasse com o que tudo o que digo, alguém que me contrariasse sim, alguém que não tivesse medo de expor sua opinião, alguém que goste de mim como eu sou, alguém que me fizesse sentir VONTADE de ser melhor a cada dia, alguém DIFERENTE de tudo e de todos.

Você deve estar se perguntando aonde que o “destino” entra nessa história.

Pois bem, foi ai que novamente me vi diante de um abismo, mas dessa vez eu estava de pára-quedas, minhas duvidas nesse instante foram: E agora? Me jogo do abismo e aproveito essa aventura? Ou desmonto o pára-quedas e volto?

O medo apareceu, fiquei sem saber o que fazer ao perceber que meu coração acelerou, minhas mãos soavam, meu estomago revirou e quase que o bife com fritas que eu almocei naquele dia voltou com tudo encima dele.

Confesso que não lembro bem ao certo de tudo o que conversamos naquele dia, em certos momentos parei para vê-lo falar, seu jeito calmo e as vezes tímido ,suas idéias revolucionárias, sua opinião forte, seu sorriso bobo me surpreenderam muito.

Minha nossa! Estaria eu apaixonada? Minha vontade de tê-lo na minha vida era muito maior do que os obstáculos que nos separavam naquele momento.

A noite caiu e eu estava com ele, o que nos impedia de viver não existia mais.

Não havia mais nada a fazer, nem nada que nos segurasse, foi então que me joguei do abismo, senti o vendo, olhei tudo a minha volta, e um beijo aconteceu em frente as palavras mais sabias dos maiores escritores de todo o mundo.

O destino existe, o amor existe, a felicidade plena existe, basta deixar as portas e as janelas do coração abertas, para que a vida te de mais uma chance de nascer de novo.


segunda-feira, 1 de março de 2010

Ser alguém na multidão



Estive pensando, enquanto voltava pra casa em um dia qualquer : É incrivel como ao longoda minha vida minha concepção de "mundo" mudou.
Na infância meu mundo era a escola, os colegas, brinquedos, doces, música, dança...
Tudo bem, algumas dessas coisas ainda fazem parte do meu mundo hoje. Contudo vejo, como ele cresceu.
Andando pelas ruas parei para olhar cada pessoa que cruzava o meu caminho, e foram muitas.
Mulheres, homens, crianças, os altos, gordos, magros, baixos, loiros, morenos, ruivos, moradores de rua, enfim, PESSOAS!
Cada uma dessas pessoas tem uma história, e essas pessoas tem pessoas em suas vidas, assim como eu tenho na minha e você que está lendo tem na sua.
Percebi então que o mundo é muito muito muito maior do que eu imaginava.
Então pensei: Mas e agora? Como me destacar nessa multidão?
Cheguei então a uma resposta simples:
SER EU MESMA.
Com meus defeitos, qualidades, neuroses, enfim.
Concluí que só me destacarei se eu for diferente, não ser "todo mundo".
Não ser "todo mundo" é ter coragem e personalidade sufuciente pra assumir minhas opiniões, não ter medo de expressá-las, não ser aquele tipo de pessoa que concorda com tudo que dito nas ruas, na televisão...
As pessoas devem ser mais criticas, não "engolir" e aceitar tudo o que escutam por ai.
Pense nisso, seja um ser
ÍMPAR!